domingo, 17 de junho de 2007

Vislumbres: do engraçado

Deixei o carrossel dos bairros dos candeeiros, das entrelinhas, da calçada, das subidas e da subida que percorri até a um patamar mais acima, até a um novo limiar de mim.

Sequência: meter as coisas na caixa com asa e partir, chegar, tirar as coisas da caixa com asa, partir. Não é fácil. É como dançar valsa, precisamos é de ganhar balanço no corpo e 123…1..123…1(…).
Chegar, só, com a caixa? A caixa proc
ura afecto e o afecto magia.

Partida: A menina e moça traz-me o melhor que reuniu entre as suas colinas e num recreio simples, claro e afectuoso leva-me até cada um dos habitantes da terra dos sonhos, de uma forma tão limpa.
Ás vezes deixo-me de perplexidades: há um tipo de qualquer coisa nos quatro elementos que faz com que estas coisas aconteçam, não há? Há não há? Há.

ººº Lista de recados da minha ausência ººº

* Um doce-beijo-à-doce-menina que me deu a mão quando chegávamos a medo.
* Um xi-coração à revelação que apareceu em passos mansinhos e se prepara para ser tanto.
* Miminhos para a pequenita, sorridente e iluminada que aturava todos os meus ataques de insanidade cerebral no Nº13.
* Um beijo na mão ao menino senhor que felizmente se acercou tarde em vez de nunca, que chegou e disse, que aguentou a minha água mole na sua pedra mais ou menos dura e não furou: o meu querido J.C. disfarçado de Clark Kent.

* Um xi e um muah à iluminada: menina do viver o dia-a-dia, companheirinha de festa, esplanada e tudo que é energia.
* Um sorriso a esta linda e cintilante surpresa com ar de rebuçado mesmo agora no fim do início.
* Uma vénia, uma flor e um poema para esta “halface”. Para a pequena bailarina. Pelos momentos em que gatinhamos as duas quase sem conhecer os recantos da cidade. Pelos mesmos gostos. Pelo mesmo sol. Pelos sorrisos. Pelo sonho e pela loucura. Pela simplicidade e autenticidade. Pelas coisas simples.
Para todos e por todos, por tudo qu
e há-de vir.
* Ainda esperamos o Lucas que foi na excursão?
* Deixo-vos uma Carla, uma Rute, um Stephane e um Flávio no frigorífico.
* Levem o meu lixo à reciclagem que me esqueci;
* Mantenham o quarto arrumado!
* Não deixem o espírito do J.Palma morrer.
* Deixo flores que caem das varandas em que passam. Deixo pedacinhos de sorrisos de mim pintados nas paredes. Deixo a saudade. Deixo
a memória do que não imaginei que pudesse desde cedo ser assim. Que Lisboa pudesse ser logo assim. Sem vocês não poderia ter sido logo assim.

As nossas vozes que cantam ainda ecoam pela cidade
das pedras que ainda mexem com a nossa dança.
As palavras das conversas trocadas que empurram a tinta das paredes.
O quanto soubemos ser felizes não posso esquecer.

To be continued… ;)

"E que é que foi que ele disse?
E que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco.
passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
portanto,
Hoje soube-me a pouco"

Sérgio Godinho

4 comentários:

Anónimo disse...

Soube a pouco. Soube a tanto. Soube a ta(nt)o pouco. Lisboa ficou mais pobre, perdeu um raio de luz. Tá mais escuro. Hey!Preciso de purpurinas para as minhas manhas!

Volta*

Bruna Pereira Ferreira disse...

E eu que só te vi 3 vezes, purpurina...
E já faço parte da tu lista...
Isto ia prometer... :)

Eu espero por ti.
E os meus sapatinhos de verniz esperam pela tua mão. Para não resvalarem pela Lisboa em calçada.

Esta cidade é grande. Volta. *

Anónimo disse...

hoje foi o primeiro dia na redacção sem ti. o primeiro almoço sem ti. jornal sem ti. cigarro sem ti. sorriso-não-sorriso sem ti.
e foi a segunda-feira de estágio mais cinzenta que tive. retribuo o beijo na mão e os olhos que falam.
traz essa carinha de corps brid de volta para lisboa. traz.
i like your enthusiasm! :)
beijo a sufocar nestes óculos de clark kent*

Inês Caridade disse...

Tenho uma lágrima no canto do olho ;>