quinta-feira, 31 de maio de 2007

Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco

Mário Cesariny

quarta-feira, 30 de maio de 2007

O "Grito" do mestre

"Há um menino de 18 anos que se suicidou. Um bom aluno de um primeiro ano de uma universidade que disse que não aguentava, que não se conseguia mexer, que deixou de ser capaz. Seja como for, dê por onde der, explique-se para aqui e justifique-se para ali, nada nos consola perante a enormidade do gesto e do seu desespero. Nada nos tira este aperto na garganta, esta vontade de gritar"
Joaquim Fidalgo, in Público
Hoje fiquei com o coração a doer ao ler a coluna do nosso mestre Joaquim fidalgo, o que é já um hábito de Quarta-feira. Utilizou o espaço que o Público deixa a seu critério, cada semana, para dar o grito que todos têm vontade de dar quando acontecem situações como a que retrata. O grito impotente, que só pode ser grito e já não vai a tempo de gritar por ninguém. É sempre comovente quando um homem da estrutura de Joaquim Fidalgo grita assim: sem medo que se lhe vejam as entranhas. E isso faz-me doer ainda mais o coração.

17:09 p.m.

- Pai, Lisboa está um caos. O metro não funciona, as filas para o autocarro são intermináveis. Quero ir à baixa e vou ter que ir a pé.
- São os custos da democracia.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

2:31 a.m.

- Olha, queres vir correr o mundo e ser feliz?
- Isso é dificil. Se puder ir a andar era melhor.
- Bueno, vamos a andar então! Espero por ti?
- hummm, isto hoje está complicado. É melhor ires andando. Pelo andar da carruagem não saio daqui tão cedo.

domingo, 27 de maio de 2007

à percepção #122 morre e deixa o infinitu, para ti.

"Tudo o que tem um principio também tem um fim.
O [percepções] termina este Domingo.
Desde a primeira percepção tinha traçado que a última seria lançada em direcção ao infintu. Fico feliz por ter alcançado este objectivo.
A 58 minutos do fim quero agradecer a todos os que me acompanharam nesta jornada: aqueles que estiveram do outro lado do transístor e, claro, à RUM.
Até de repente"


percepção #122: infinitu, para ti.

Concordo esta visão do Nídio e das coisas, os momentos criativos tem que ser finitos. Para dar lugar à reinvenção e à recriação. Para nos desafiarmos e desafiarmos a finitude. Foram #122 inícios de Segunda-feira e fins de Domingo de boa música que nos ajudaram a percepcionar os melhores momentos da semana, os que estariam para vir e ainda sonhar entre photoshops e miragens.
Obrigada por estes momentos refinados mano. Infinitu, para ti também. ;)

Domingo vs. cinzento

Adamastor - Miradouro de Santa Catarina - à chuva.

"Embora lave o medo que há do fim,
A chuva apaga o fogo que há em mim.
Oiço a voz de quem me quer tão bem
E fico a ver se a chuva a ouvirá também"
O.Violeta

O cinzento do dia queria pintar-me mas eu corri mais depressa. :)

Zodiac




Los Angeles, finais dos anos 60, crime policial espalhado em peças puzzle, mais detectives, jornalistas e…um cartoonista - tudo baseado em factos verídicos - nunca foi uma má combinação. O cinema sempre passou por aí e não há-de deixar de passar.
Agora se falamos de David Fincher a “juntar os pauzinhos”, alto e para a o baile, temos que ir ver. E se falamos ainda da participação de Jake Gyllenhaal e Robert Downey Jr.. Sim, compra bilhete e vamos ver!
Não foi nada de surpreendente, nem de genial. Mas acho que não é isso que se quer quando se pretende contar uma história, e neste caso uma longa história, baseada em casos de arquivo. A missão foi cumprida. David Fincher não deixou de meter a sua pitada de humor negro, ou melhor, humor colorido numa situação negra, a que já nos habituou e que tão bem sabe fazer com qualidade e na quantidade certa, fez muitos dos seus planos de top, trouxe-nos uma agradável “imagem alaranjada” que tão bem nos remetia até ao “rasgar dos 70´s" e não teve medo dos grandes planos de Los Angeles sobre o rio, que quando bem feitos nunca são de mais e há coisas que, por mais que queiramos fugir ao trivial, são fundamentais no bom cinema, meus senhores!
Acima de tudo, tentou-nos dizer uma coisa ao longo deste extenso serão de cinema: não estamos perante um caso de previsibilidade ou não-previsibilidade, estamos na trilha de uma assassino, que embora nos tenha provocado certas dificuldades em descobri-lo, é óbvio e de tão óbvio não consegue, nem conseguiu até hoje ser condenado por isso. Que podemos pedir mais num Domingo de chuva? Quando nos dão um longo filme, a lembrar o formato de série (que como sabem sou adepta e consumo), com bastantes picos de interesse, com um bom guião, bem filmado e com bons actores?
Meus amigos que se veja David Fincher com a lembrança bem presente que já nos deu um Fight Club.E enquanto nos der coisas como Zodiac, perfect. As obras primas não nascem em série...e este senhor, a esse respeito já cumpriu a sua missão.


quinta-feira, 24 de maio de 2007

Da Russia, com amor

Parece-me justo. Depois de uma semana e meia a viver mais que a dormir, o meu corpo pediu descanso e tive que decidir não ir ao MONSTRA. O meu corpo disse basta e eu, como o respeito quando ele fala a sério, obedeci. Mas tenho muita pena. Marquei na agenda bem marcado, combinei com a malta e esperei até hoje para ver a Retrospectiva de Yuri Norstein, que ia terminar com "Tale of Tales", duas vezes nomeado o melhor filme animado de sempre por especialistas internacionais, e que tanto esperava ver onde merece ser visto: na tela. Para quem ficou em casa como eu, para quem sofre com esta discriminação artística que a concentração de cultura em Lisboa nos faz sentir nos outros cantos do país, aqui fica.

Tale of Tales (1978)

Uma Solidão Demasiado Ruidosa

"Esta será uma história normal, se é que se poderá chamar normal à simplicidade. Um monólogo com sede numa Checoslováquia assolada, amarelecida e crua. Um homem, um funcionário que vive numa casa velha e escura. Cheia de livros. Este homem tem como função prensar papel velho numa cave. Dia após dia. Toneladas de livros. Solitário, vive das memórias do passado, das frases dos livros e das canecas de cerveja. Vai lendo todos os livros que lhe passam pelas mãos e, por isso, é um homem culto sem querer. E assim se põe a pensar e a filosofar sobre tudo e nada. É um contador de histórias. Um poeta da realidade. "
in Le Cool Magazine
ONDE
Convento das Mónicas
QUANDO
Até 2 de Junho, 4ª a Sáb., 21h30
QUANTO
Entrada livre
Promete.

Quem quer feirar?

Estava aqui a planear o meu fim-de-semana com a ajuda preciosa da Le Cool. Agenda aberta e vamos lá fazem o pim pam pum. Uma coisa para Sexta, pim! Outra para Domingo, pam! Mais duas para Sábado, PUM! O impossível é ficar em casa (nada de analogias à música do Sporting). Mesmo com um esgotamento físico, um coma “sonólico” permanente e uma crise de imaginação.
Somei tudo e tirando a especificidade de cada coisa este será um fim-de-semana de FEIRAS. Quiçá um bom sítio para absorver energia, descansar e fazer trocas de inspiração, eu dou a minha esgotada em troca de uma acabadinha de sair do forno. Não é justo pero es lo que hay. Nada como começar o Sábado com uma ida à Cinemateca, às 11 horas da manhã, algo inédito, e ver o Singin’ in the Rain J e sair feliz só por estar contente, e por ver o Singin’ in the rain também! Depois é só subir a rua rumo ao Parque Eduardo Sétimo. Não, não é isso! O Parque está cheio de barraquinhas coloridas, uma espécie de monopólio gigante mas com livros, cheio de livros e de cheiro a livros. Os bolsos vazios é que não vão ajudar muito. Mas tudo mudará de figura se o Público rechear um bocadinho das nossas contas. =) Depois de livros, nada como coisas, coisinhas, bugigangas, pulseirinhas, alfinetes, tudo Na Feira da Ladra alternativa.
Bem e à noite espero que seja desta que vamos ao Chapitô ou ao Maxime, não era este fim-de-semana que ia haver um tributo aos The Who? Quero muito ir a qualquer um dos dois. Domingo de manhã é para dormir, bem, pesado: eu, os braços e o Morfeu. Bem, depende...Acordar no Domingo e ir para o Jardim da Estrela, imaginem para quê? Para uma…FEIRAAAAA de Artesanato Contemporâneo mas esta ao som dos Kumpania Algazarra. Faço um convite especial ao Sol e a todos os que quiserem vir. ;)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Modalidade: flores




Há tempos que tenho vindo a experimentar a "modalidade flores" da minha máquina e acabei por tornar o fotografar flores numa modalidade minha. Nunca gostei de as arrancar, nem vê-las em ramos. Algumas ainda consigo ver em vasos como os cactos, talvez porque tenho a mania de os levar comigo para todo o lado e nem sempre há um jardim para os plantar. Pu-las no visor da maquina e depois no PC e gostei, gostei tanto que não parei, aqui ficam alguns exemplares. Contudo se me perguntais o que levo aqui? Eu responderei: são pães senhor! ;)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Na rota do...


À espera do que Quentin Tarantino, Gus Van Sant, Wong Kar-wai, Nani Moretti, Cronenberg ou Manuel de Oliveira têm reservado para nós. A surpresa, a continuação, a coerência, a consagração ou a desilusão?

97.5 fm :: para Braga e tudo à volta

[percepções] ::
http://infinitu.blogspot.com/

podcast ::
http://feeds.feedburner.com/PercepcoesPodcast

rum ::
www.rum.pt

emissão online: mms://stream.radio.com.pt/ROLI-ENC-098

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Le Cool

Cheira bem! Cheira a cantos de cidades!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Sintra: Património Mundial que desperta a nossa humanidade





Sintra em 226 minutos

Domingo à tarde, sol, energia. Porque não Sintra? Sim Sintra! Há tanto tempo que falamos em lá ir. Podemos ir de Comboio. Mas onde estás? Na estação da baixa, que vai para Telheiras. Eu Também... AHAHAH Podia só ter ido até Alameda, agora vou ter que fazer as mesmas três estações no sentido contrário! Deixa lá, é Domingo! Sintra, Mapa, nem olhamos para o mapa. World Press Cartoon. Grátis??
Sabias que já não vinha aqui hà 14 anos! Isto é tão bonito! Vamos comer pasteis de Sintra? Não Gosto! E uma queijada? Nunca comi. Nunca comeste uma queijada? Não, queria uma empada de frango.
Ah! Estas ruinhas. Já me lembro!Não me podia fazer uma atençãozinha no leque? Não! Binhoteca?!?!!! ahaha Pôr-do-sol!!SOL! Era tudo que merecíamos hoje! Parece que fizemos o trajecto certo até chegar a onde queríamos!Que janela tão bonita! As flores dão outro encanto às coisas, não dão?Está a decorrer uma missa?!Olha para eles, não falam?!! Olha para eles e sentes o vazio. Sim, é uma coisa assustadora...Vamos?Sim, já foi bom por hoje.Vamos só entrar nas ruinhas mais uma vez.Sabes quando chegar aos 50, gostava de ter alguma estabilidade económica para poder continuar a fazer turismo mas a parar nestas esplanadas a comer coisinhas e a beber um bom vinho no final da tarde. Acredita...
Foi um bom passeio de Domingo!Inês, Inês estão todos a sair do comboio!


Worl Press Cartoon Sintra 2007

Paz&Guerra

Os contos de amanhã

Fuga da realidade

África

Caricatura


A brincar, a brincar, desenhar cartoons é uma coisa muito séria.
A World Press Cartoon trás até nós o best of do que é feito no mundo da sátira em desenho. Destaco a abordagem às ameaças do meio Ambiente e a tristeza que me causou a crítica pesada mas infelizmente justa ao assédio na Imprensa.
Pequenos e grandes problemas e curiosidades em bons desenhos, no Centro Olga Cadaval, em Sintra. Ficam aqui alguns dos meus preferidos, entre muitos!

18:13 p.m.

OstflußdampfschlifffahrtsgesellschaftsKapitänshosenträgerKnöple! diz:
- check out my huge nick, lovely lady
Resposta:
- é fantástico como tu
OstflußdampfschlifffahrtsgesellschaftsKapitänshosenträgerKnöple! diz:
-são os suspensórios do capitão da companhia de barcos a vapor do rio este!

"Séries-literatura"

Há pouco tempo, o Ipsílon encontrou uma boa definíção para um conjunto de séries que tem vindo a ser exibidas na TV, nos últimos anos: séries que são pura literatura nos ecrãs.
Como consumidora mais ou menos habitual e, sobretudo, como apreciadora de muitas destas, é impossível não referir que estamos perante trabalhos de guionismo sofisticados e meticulosos, baseados em histórias e teorias, cheios de significados uns mais claros, outros subliminares. Narrativas elaboradas e rendilhadas, cheias de pequenos pormenores suculentos e perfumados, que vão fazendo sentido à maneira que vão sendo desenvolvidas. Formatos que quem gosta de um bom filme ou um bom livros tem que deixar de ter o preconceito de explorar. Ficam aqui algumas das minhas preferidas.

Six Feet Under


A minha preferida. Cinco temporadas de um grande trabalho de guionismo, argumento e sobretudo de estética da imagem. Uma lição de vida a partir do retrato da morte. Obrigatória.
A segunda obra prima de Allan Ball (como não podia deixar de ser).

Angels in América


Sublime. Há que lhe chame série, há quem lhe chame filme. Exibida há 3 anos na RTP2 em 6 episódios. Um retrato brilhante da América Proibida dos anos 80.Um teatro de sonhos e alienação. Com participações desdobradas de Meryl Streep, Al pacino e Emma Thompson (p ex.), escrita por
Tony Kushner e com merecida banda sonora de Thomas Newman .

Sopranos


"Hey Tony! We're supposed to be friends…" Quem é que já não ouviu esta frase?
A máfia é das organizações mais podres do globo mas os Sopranos é como se já fossem da família. Um retrato real da máfia americana considerado por muitos críticos um dos melhores feitos até hoje.
É impossível não ganhar afecto pelo Pussy, o Paulie, o Chistopher, pelo Uncle June, pelo Silvio, pelo Boby...aqueles que viram a esquina e matam sem pensar duas vezes e depois vão para casa jantar com a família.

Bem, and so and so: Lost, ficção científica do futuro já nos ecrãs, um trabalho de guionismo digno de análise minuciosa; Heroes, só vi 8 episódios mas já me começa a agradar bastante, o conceito e visual de comic bastante bem abordado, trazido para a tela de forma original; sim sim vejo o Dr.House gosto do Sherlock da medicina, muito;Prison Break também, e já dei umas "espreitadelas" ao Nip tuck uma versão literatura mais light mas que não deixou de me agradar. Provem.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Pedras da calçada

Por falar em fascínio, coisas simples, coisas simples do quotidiano (repetição propositada),em repetições propositadas também, devo confessar que tenho um encanto particular pelas pedras da calçada. Sim, aquelas coisas simples que nos aparecem no caminho, no quotidiano e que podemos dizer que são uma espécie de repetição propositada... de pedras.
Simples, aos nossos olhos, porque construir os tapetes que pisamos, com elas, é uma arte. Tenho que confessar que já me dediquei a ver e a técnica é surpreendente: uma camada de areia fofa por baixo e vai-se colocando pedrinha a pedrinha com um pequeno martelo muito delidamente. Tudo orientado por fios que vão servindo de régua. E voilá(já pareço a B.R.), temos uma bela de uma calçada portuguesa. (Bem, aquela parte dos rendilhados e feitios é que me passa um bocadinho ao lado).
Técnicas à parte, gosto, aprecio e penso sobre elas, sobre quem passa por elas, as histórias que teriam para contar e claro sobre quem faz "chorar as pedras da calçada".
Humnn...acho que hoje acabo de completar um ciclo de confissões.Esta confissão acabou por me lembrar a confissão feita hoje à noite pela Catarina que confessou cada vez que passa na Rua Augusta olha os manequins e lembra-se do Mário Cesariny que, por sua vez, um dia confessou que passava por ali e falava com eles. Uoou...Aqui está um bom derivar de confissões - Inês>Catarina>Cesariny- parece-me bem!
Tudo isto, porquê? Porque estava a ver as fotos que a Ottávia enviou directamente de Napoles e que tirou nos dias que passou aqui em Lisboa. É como se,depois de lhe mostrar os sítios onde passo todos os dias, onde vivo, onde nasci e que fazem parte da minha historia, ao olhar as fotos, tivesse a ver como foram apreciados pelos seus olhos.Entre Torres de Belém, Braga, os Santuários e as flores do Jardim de Santa Bárbara, encontrei esta foto- só com as pedras da calçada. O que torna tudo mais engraçado é que nunca lhe falei sobre elas,nunca lhe tinha feito esta confissão.

História trágica com um final feliz

2ª curta-metragem de Regina Pessoa e 1ª produção da Ciclope

"As histórias que gosto contar são sempre simples, acerca de pessoas que conheci. Umas ainda vivem, outras já morreram. Tiveram vidas anónimas ou ignoradas, passaram despercebidas por este mundo e rapidamente foram esquecidas. Interessam-me os mistérios, os pequenos dramas e a poesia que se escondem nas suas vidas aparentemente banais. São elas os meus heróis e as minhas referências." Regina Pessoa


Uma história simples que dedico a todos que tiveram de sair do sítio onde nasceram porque o coração batia muito forte. :)

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Barcelona

La Pedrera

Sagrada Família

Ramblas

Raval


Percepções de 1 ano a respirar fundo.

às vezes há tanta beleza no mundo...


"Sometimes there's so much beauty in the world, I feel I can take it and my heart is going to cave in."

Ricky Fitts in American Beauty.

Esta foi, sem dúvida, uma das cenas que guardei comigo, fechei num globo de neve e que nunca fugiu da minha vida. Um dos primeiros trabalhos daquele que se tornou, sem dúvida, um dos melhores guionistas e realizadores, que levam para a tela e para o ecrã as coisas simples mas complexas do quotidiano. Estou a falar do Allan Ball, como é claro.