terça-feira, 18 de novembro de 2008

This is... Berlin



Tive a sorte de ir em trabalho a uma das cidades que estava no «Top 10» dos próximos destinos que desejava visitar. Os balões coloridos e os cocktails bicolor de um puro invento da Disney, só poderiam estar dentro de uma sala de hotel, para não ofuscar a calma, a paz cinzenta e o silêncio das ruas da «cidade-erguida-do-destroço». Tinha grandes expectativas em relação a Berlim, senti-me bem. Há um cheiro a progresso e modernidade discretos, e uma cor cinzenta que não tem propriamente que ser triste. Corrigi essa minha ideia. Fiquei com vontade de voltar. Berlim não quer, de todo, apagar as marcas da História mas sim mostrar que seguiu em frente!

domingo, 16 de novembro de 2008

Quem tem medo de clichés?


Não há filme que não assente bem nas ruas de Paris. Não há personagens jovens, atraentes e irreverentes que não encaixem bem nos corpos mais que perfeitos de Louis Garrel, Michael Pitt e Eva Green. Juntamos aos lugares o tempo e temos «The Dreamers», o filme de Bernardo Bertolucci que encarrila num «h» maiúsculo e num minúsculo de história. Maio de 68 e a vivência de dois irmãos parisienses (Louis Garrel e Eva Green) e um amigo americano (Michael Pitt). A história que ora sai para as ruas, ora entra numa bolha de sabão: a casa dos pais de Théo e Isabele, que foram de férias e os deixaram entregues a todas as revoluções que estavam a acontecer nas suas vidas.
«Os miúdos de hoje, que tomam a sua liberdade como certa, não sabem que muito disso foi conquistado em 68». Bernardo Bertolucci
Ontem, tive o prazer de ir ao Estoril Film Festival ver a projecção de «The Dreamers» de Bernardo Bertolucci, antecedido por uma contextualização caricata de Louis Garrel e Michael Pitt.
«I love this film, it can hurt your career but i don’t care». Michael Pitt. Eu gostei deste filme, está cheio de clichés mas poderá o imaginário francês ser trazido à tela sem cigarros vermelhos? Afinal a palavra cliché é francesa e Paris arrepia-me!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Realizadores em revista

«Spike Lee: I think you love music more than cinema.


Martin Scorcese: [laughs] I think so. Music is the purest form, don’t you think?


Spike Lee: Would you agree with me that musicians are the greatest artists?


Martin Scorcese: Yeah, they’re the purest and the greatest. I mean, music totally comes from your soul. I just remember growing up with guitar music and jazz.
I would play these 78s that my father had in the ‘40s, and all these images came to mind. That’s the way I’ve always worked—listening to music and getting pictures from the music.»

in Interview

P.S.-«SL: Would you do the New York version of Roma?


MS: [laughs] It’s not a bad idea. I think I’ve been trying to do it, from Mean Streets [1973] and Taxi Driver [1976] to Raging Bull and Gangs of New York . . . The thing about it is, I’m obsessed with this city. I just find it so remarkable. You really treasure this city when you go to different countries and you see that there is no mix. When you get back to the city, it’s such an exciting place. New Yorkers, we walk in the street, we talk to ourselves. But the issue is the energy, the excitement, and the different ethnic groups all mixed together. We’re spoiled being here.»

[É ao folhear a publicação criada por Andy Warhol que encontro momentos tão saborosos como este e como o café que sopra o aroma do Domingo de manhã, numa esplanada, banhada de um sol que já só (a)parece como uma recompensa da semana de trabalho. Tão em Lisboa. Completamente em Nova Iorque. Não há revista com tanto cheiro a grande maça.]