Um dia deram-me um passaporte até a uma fábrica de sonhos. O Charlie foi ver como se fazia o chocolate e eu fui ver um dos sítios onde nasce a “constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer (...) e sempre que o homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança.”
Os mestres e os meninos da fábrica mostraram-me como se pode pôr o mundo a pular, como acontecem bolas coloridas, e fizeram-no de forma concreta e definida, para eles era como se fosse outra coisa qualquer.
Mas há sempre o dia em que temos de voltar das viagens maravilha. Nas fábricas encantadas não se pode estar para sempre. Trouxe a mala cheia de vontade, percebi que quando há magia não há limites e que a criação é filha pródiga disso. Já perto da porta abraçaram-me e pediram que voltasse, prometeram-me que os sonhos não iam deixar de ser partilhados comigo. Um dia talvez volte. Entretanto chegou mais uma carta.
1 comentário:
OH! Gracias Inès! Besos desde Barcelona. Cuida de mi Lisboa!
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