domingo, 27 de maio de 2007

Zodiac




Los Angeles, finais dos anos 60, crime policial espalhado em peças puzzle, mais detectives, jornalistas e…um cartoonista - tudo baseado em factos verídicos - nunca foi uma má combinação. O cinema sempre passou por aí e não há-de deixar de passar.
Agora se falamos de David Fincher a “juntar os pauzinhos”, alto e para a o baile, temos que ir ver. E se falamos ainda da participação de Jake Gyllenhaal e Robert Downey Jr.. Sim, compra bilhete e vamos ver!
Não foi nada de surpreendente, nem de genial. Mas acho que não é isso que se quer quando se pretende contar uma história, e neste caso uma longa história, baseada em casos de arquivo. A missão foi cumprida. David Fincher não deixou de meter a sua pitada de humor negro, ou melhor, humor colorido numa situação negra, a que já nos habituou e que tão bem sabe fazer com qualidade e na quantidade certa, fez muitos dos seus planos de top, trouxe-nos uma agradável “imagem alaranjada” que tão bem nos remetia até ao “rasgar dos 70´s" e não teve medo dos grandes planos de Los Angeles sobre o rio, que quando bem feitos nunca são de mais e há coisas que, por mais que queiramos fugir ao trivial, são fundamentais no bom cinema, meus senhores!
Acima de tudo, tentou-nos dizer uma coisa ao longo deste extenso serão de cinema: não estamos perante um caso de previsibilidade ou não-previsibilidade, estamos na trilha de uma assassino, que embora nos tenha provocado certas dificuldades em descobri-lo, é óbvio e de tão óbvio não consegue, nem conseguiu até hoje ser condenado por isso. Que podemos pedir mais num Domingo de chuva? Quando nos dão um longo filme, a lembrar o formato de série (que como sabem sou adepta e consumo), com bastantes picos de interesse, com um bom guião, bem filmado e com bons actores?
Meus amigos que se veja David Fincher com a lembrança bem presente que já nos deu um Fight Club.E enquanto nos der coisas como Zodiac, perfect. As obras primas não nascem em série...e este senhor, a esse respeito já cumpriu a sua missão.


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