Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Em todas as ruas te encontro
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1 comentário:
gosto tanto deste poema, principessa:) (por acaso ter-mos visto o rogerio samora duas vezes no mesmo dia em sitios totalmente diferentes n tem nada a ver com isto pois nao?)*
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