quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Em 1932, o dia das mentiras foi a 5 de Julho

Rui Mendes cruza duas histórias de Almeida Garrett no mesmo hotel, em Lisboa: Falar a verdade a mentir e O noivado do Dafunto. O rádio explode num cenário de azuis e bordoux que nos leva até aos anos 30.
Shhhhhhh!!
- Salazar foi investido no cargo de Presidente do Conselho de Ministros.
Espanto.
- Salazar promete dias de felicidade.
Interrogação.
As personagens entram em cena e tudo pára, acende-se um holofote e disparam flashes. A peça está cheia de pormenores graciosos, bem encenada, representada com garra. Destaco as representações de Elsa Galvão e João Didelet. Garrett fica bem no teatro. Traz cor, paródia e famílias.

[…e famílias com putos…
que nunca viram, não querem ou não lhes ensinaram a ver nada mais além “da” cidade.
- Mãe onde é que se fala daquela maneira? (A propósito da pronuncia portuense do personagem de Elsa Galvão)
- É lá para cima, lá para Guimarães e Vizela…
Alguém quer morangos com açúcar?]


I.R. (Importante Referir) - A personagem diz em cena que acaba de chegar do Porto…

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