sábado, 26 de janeiro de 2008

E se uma voz começasse a narrar a tua vida?

Stranger than fiction - 2006 -by Marc Foster

É normal que em tantos anos de cinema as estórias já tenham sido todas contadas. O cinema, cada vez mais, deixa de dar toda a importância ao fim dos filmes. O ponto mais alto do gráfico, o clímax, passa a ser assinalado no meio da linha. Um filme não passa só pelo “quê” mas por “como” contar - relembramos. Uma boa prova disso é a cada vez mais comum recorrência a títulos que revelam os filmes. Estou a falar, também, do brilhante retorno ao Western pelas câmaras de Andrew Dominik, pela pele de Brad Pitt e pelo rosto de Casey Affleck.

Contado ninguém acredita” (Stranger than fiction) é mais um filme sobre o quotidiano rotineiro a que muitos se rendem, sobre o despertar para o ‘viver a vida’, sobre a realização de sonhos. Um todo que só tem sentido se existir amor. Realidade para a qual o personagem desperta, quase sempre, sob ameaça de doença ou morte.

“Contado ninguém acredita” é um filme sobre Harold Crick (Will Ferrell) e o seu relógio. Sobre uma escritora brilhante (Emma Thompson, vénia) em crise. Sobre uma estudante de direito que desistiu do curso para mudar o mundo a fazer bolachas que aquecem o coração das pessoas (Maggie Gyllenhaal). Estes contam com a ajuda de um professor universitário de Literatura que nos tempos livres é nadador-salvador (Dustin Hoffman) e de uma ‘ajudante de escritores em crise de inspiração’ (Queen Latifah). Do rol de actores não nos podemos queixar, é verdade. Cinco estrelas para o grafismo e, claro, para a boa forma como este bolo é amassado. Quanto à história… se vos contasse, não acreditavam.

Que o cinema se faça de filmes como este.

4 comentários:

Bruna Pereira Ferreira disse...

Quando é que escrevemos algo surreal sobre o Tideland, Jeliza-menina-Inês??

(Grito de aranha) :D

Inês Caridade disse...

humnn!
Sim, escrever uma coisa a três mãos sobre o Tideland poderia ser tão surreal como a nossa historinha de sexta à noite! hahaha
Tu és a boneca que entrou no buraco sa àrvore que ia dar ao centro do mundo... Tu desapareceste... Logo... eu fico com os teus chocolates!
yupiiiiiii :P

Maria del Sol disse...

Descobri que esse filme existia através da sua banda sonora, que tem lá uma canção dos Mäximo Park. Isso e a sinopse que escreveste já são pontos a favor dele :)

Anónimo disse...

é, em palavras bejas, BRUTAAAAL :D