Fico magoada com a vida, que tanto levo ao colo, quando vejo linhas trocadas. Quando me chegam às mãos palavras magoadas de gente de algodão e camomila. Gente de coisas meigas assim, não merece.
Olho as voltas trocadas das coisas e choro. Não por mim mas pela vida trocada de quem merece tudo e não teve nada que merecesse.
Há uma tendência cruel para se pisar a bondade sem limites. Há um mundo que não entendo de sentimentos maus. Há um mundo nisso? Ou há um pedaço de mundo nisso?
Pego nas tuas folhas agora quadriculadas, junto-as como legos, mostro-te pedaços nas minhas mão. Mostro-te como podem formar figuras engraçadas. É possível construir um puzzle de flores com o que resta de outros jogos. Flores de sementes e frutos de árvores que um dia serão florestas.
Estás a ver as ondas do mar que estalam? Os pontos de luz perfumados da manta escura da noite? Enterra a mão na areia e procura a mensagem que te dá a certeza que nenhum deles deixou de estar aí. Nunca.
Sem comentários:
Enviar um comentário